“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” Amyr Klink

sábado, 8 de outubro de 2011

Novamente no Chile: Puerto Varas e Pucón

Nesta nova etapa, novamente teríamos que enfrentar dois aspectos incômodos da viagem: reorganizar a mochila e atravessar a fronteira. Cada vez que nos estendemos uns dias a mais num mesmo destino, a mochila fica um caos e precisa ser totalmente refeita, tudo devidamente espremido. Acreditem, é uma coisa complexa.

Cruzar a fronteira por terra é sempre um momento tenso e às vezes irritante. Tenso porque há um suspende no ar, pois a entrada naquele país pode ser negada ou surgir qualquer outro inconveniente. Invariavelmente os atendentes na imigração são mau humorados e desconfiados. Irritante porque todas as malas são retiradas do bagageiro do ônibus e passados pelo raio x, sendo que às vezes algumas delas são abertas e revistas minuciosamente por um policial.

A Kakau teve a “sorte” de ser uma das escolhidas para o “pente fino”, juntamente com a Ann. A revista da Kakau foi rápida, já a da Ann foi longa e desconcertante, tendo sua mochila e mala de presentes rigorosamente analisada e “cheirada” pelos policiais e cão farejador.

Viajar entre Argentina e Chile significa não só cruzar a fronteira, mas também atravessar a majestosa Cordilheira dos Andes. Eu particularmente sou apaixonado pelos Andes. Já tive a felicidade de o conhecer por diferentes aspectos e países, desde seu início na Venezuela, percorrendo Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile e Argentina, até seu fim no Ushuaia. Há uma infindável riqueza natural (montanhas, vulcões, animais, vegetação, lagos, cachoeiras, cumes congelados, desfiladeiros etc.), histórica e cultural.

Após passar pelo ponto mais alto da Cordilheira, onde a estrada é cercada por florestas e neve, o motorista parou um “rato” (pouquinho) para observar a fumaça do vulcão chileno em plena atividade, o Puyehue, responsável por tantos transtornos locais e internacionais. As cinzas soterraram algumas cidades chilenas, comprometeram o turismo e causaram um caos aéreo que chegou a fechar aeroportos do outro lado do mundo, como Austrália e Nova Zelância. Curioso é que este vulcão era considerado extinto. Daí se extrai mais uma evidência do quanto somos frágeis e insignificantes diante do poder da natureza.

                                       No caminho a vista da fumaça do vulcão Puyehue

Chegamos no início da tarde na pacata cidade de Puerto Varas. Esta agradável cidade se originou de um povoada de colonos alemães, contando atualmente com 40.000 habitantes. Por todo lado se verifica a tradição arquitetônica, gastronômica e cultural alemã. Particularmente, senti uma certa nostalgia ao me deparar com construções e comidas (“cuca” ou “kuchen”, p. ex.) que fizeram parte de minha infância em Joinville. Certamente, meus pais iriam adorar esta cidade e fiz planos para trazê-los um dia, inclusive para realizar um sonho de meu pai em pescar truta e salmão em rios congelantes.















A cidade de Puerto Varas goza de um charme especial. Ela se localiza ao redor de um lindo Lago, o Llanquihue, o segundo maior lago do Chile e o terceiro maior lago natural da América do Sul. Ao fundo do lago se encontram dois vulcões: o Vulcão Calbuco e o maravilhoso Vulcão Osorno. Em nossa primeira parada, um aconchegante restaurante especializado em frutos do mar (especialidade da região), percebemos que aquela cidade é muito visitada por brasileiros. Talvez porque o destino predileto dos Brasucas, Bariloche, também conhecido como “Brasiloche”, esteja prejudicado pelas “cenizas” (cinzas vulcânicas).

 O lindo Vulcão Osorno








                Vulcão Calbuco

                                                     Nós entre os dois Vulcões

Chamou nossa atenção a educação chilena com os pedestres. Em todas as ruas e esquinas, os carros paravam para nos deixar atravessar. Imaginávamos que esta postura era típica daquela pequena e tranquila cidade. Entretanto, esta louvável postura se repetiu nas demais cidades chilenas, inclusive na sua capital Santiago.

Nosso principal destino naquela região era o Vulcão Osorno. Utilizamos trasporte público para chegar ao Parque Nacional Vicente Pérez Rosales (parque adjacente ao Parque National Puyehue no Chile e aos Parques Nacional Nahuel Huapi e Lanín, estes dois últimos na Argentina). Esta região é conhecida como região dos lagos. Tínhamos planos de cumprir o trajeto Bariloche/Puerto Varas via lagos, numa sensacional travessia lacustre. Porém, a falta de tempo e o custo nos forçaram a deixar esta experiência para outra ocasião.




No Parque Vicente Pérez Rosales conhecemos o lindo lago Todos los Santos, as cachoeiras Cascatas Petrohue e percorremos uma longa trilha, chamada El Solitario. Ao fim da trilha acabamos pegando o sentido errado da rodovia, afastando-se da Lagoa Esmeralda, nossa última visita. Felizmente, conversamos com um santo guarda-parque que nos deu uma carona. Foi muito divertido os quatro (eu, Kakau, Mehmet e Ann), apertados na caçamba da caminhonete, percorrendo uma longa distância, com vento cortante em nossos rostos, dando risadas de nossa sorte.




                                                        Laguna Esmeralda

A raposa e a águia. Animais típicos da região.



Fechamos nossa estadia com um passeio pela cidade, um “cortado” (café forte com leite) e um strudel (doce típico alemão), na companhia de nossos amigos europeus. Nosso próximo destino foi  a cidade de Pucón. A viagem foi tranquila e nos demos conta do quanto as estradas do Chile são boas, as cidades organizadas e limpas.

Tanto na Argentina e agora no Chile fomos sempre muito bem recebidos. As pessoas são muito educadas e cordiais, abrindo um largo sorriso quando indicamos nossa nacionalidade. Definitivamente, qualquer avença que haja entre os brasileiros e “los hermanos” se limita ao futebol. Curiosidade a parte, um dia desses fiz uma brincadeira com um guia argentino ao lhe dizer: “os argentinos são muito amáveis, mas jogam muito mal futebol”, e, ele, muito perspicaz e espirituoso, respondeu-me: “sim, é verdade, mas pelo menos sabemos converter penaltis”.

A princípio, não tínhamos grandes expectativas em relação a Pucón. Sabíamos apenas que havia pista de esqui e termas. Eu particularmente queria muito voltar a esquiar e sabia que talvez essa fosse nossa última oportunidade, haja vista o início da primavera. Algumas pessoas nos disseram que se tratava de uma cidade veranista, refúgio da elite chilena. Ainda na estrada já conseguimos avistar o lindo Vulcão Villarrica, soltando fumaça.


Uma vez instalados, eu, Kakau, Ann e Mehmet fomos averiguar quais os passeios que iríamos escolher dentre as diversas possibilidades. Ficou claro que a subida ao cume do vulcão era um dos principais atrativos, ao lado do esqui, cuja pista fica no próprio vulcão (em plena atividade), algo realmente inusitado para nós. Enfim, decidimos que iríamos às termas, fazer rafting e subir o vulcão.

                                    A charmosa Pucón e ao fundo o Vulcão Villarrica

Na primeira noite curtimos as termas à noite. Já passava das 22 horas, numa fria noite,quando entramos nas termas Los Pozones. Trata-se de uma dezena de piscinas naturais ao lado de um rio congelante no pé da montanha. As piscinas naturais são aquecidas pela atividade vulcânica e tem as mais variadas temperaturas. Apesar do intenso frio fora das piscinas, dentro estava extremamente agradável e relaxante. No dia seguinte, todos comentaram que há tempos não tinham um sono tão agradável como a da noite que sucedeu as termas.

No dia seguinte encaramos um rafting. Apenas Mehmet decidiu não ir, pois queria relaxar um pouco em casa, cortando o ciclo de atividades seguidas. De fato, o rafting fui um pouco frustrante. Mesmo com equipamento de proteção o frio intenso, além do que as corredeiras eram medianas. Valeu pela experiência e pelo mergulho no frio proveniente do degelo das montanhas.

































Finalmente, tinhamos que decidir quem iria subir o Vulcão. A subida ao cume do Villarrica já tinha sido altamente recomendada pelo Igor, amigo que conhecemos em Bariloche. Procuramos uma agência recomendada, onde fomos muito bem recebidos pelo guia Claudio. Ele nos passou segurança, com seus 18 anos de experiência naquela montanha, e argumentou que, embora a Kakau tivesse uma antiga lesão no joelho, ela teria condições de subir. Segundo ele, o desafio é mais psicológico do que físico, pois se trata de uma longa e lenta caminhada. Seria uma subida em grupo de 6 a 7 horas em fila indiana, até a cratera fumegante, e posterior descida em 2 horas (“esqui bunda”). Vimos algumas fotos do cume e da lava incandescente próxima da cratera, o que nos deixou muito entusiasmados.

Eu estava decidido a subir. Procurei ficar neutro quanto à decisão da Kakau, a qual estava justificadamente temerosa. Não a motivei ou desmotivei, fazendo apenas algumas ponderações quanto ao grau de dificuldade. Eu sabia que não seria uma coisa simples e a decisão deveria partir dela. Obviamente que se ela decidisse subir, eu daria todo o apoio possível. Todos decidiram encarar este desafio que se iniciaria as 7 horas da manhã seguinte.

A subida se iniciou justamente na pista de esqui, onde deixamos a van, colocamos os grampos pontiagudos nas botas. A agência forneceu equipamento completo: calças, jaquetas, polainas, luvas, mochila, capacete, machadinha etc. Seguimos em fila indiana enquanto o sol surgia naquela montanha completamente coberta de neve, revelando um contraste exuberante com o céu azul.
















O início foi marcado por muita excitação, conversas e fotografias. Na medida que fomos subindo, reinou o silêncio e a concentração individual ao ritmo da lenta marcha. Havia outros grupos acima e abaixou de nós, todos percorrendo em zigue zague, de forma a diminuir a inclinação e evitar acidentes. Estes grupos espalhados pelo vulcão branco proporcionavam uma visão espetacular. Fizemos algumas paradas para comer, hidratar-se e reforçar o protetor solar. Naquela região o sol é muito forte e perigoso, devido ao reflexo do seus raios naquele mar de neve.

















Foram horas de caminhada, cada um elevava seus pensamentos aos mais variados lugares e situações. Conversando no dia seguinte, eu e Kakau acabamos lembrando da mesma pessoa, nosso querido Marco. Provavelmente, porque, uma vez acima das nuvens, literalmente, sentíamos mais próximo do céu e assim mais próximos dele. Tivemos uma pequena idéia do que seria escalar altas montanhas e o que sentem estes aventureiros. A paisagem é magnífica e inesquecível. É um daqueles momentos que ficará marcado em nossas memórias!
                                         Estávamos literalmente sobre as nuvens

As paradas eram cada vez mais curtas e difíceis, pois cada vez a inclinação era maior e a neve estava mais dura, ao ponto que o guia nos proibiu de sentar para evitar um deslizamento. Após mais de cinco horas de subida, o grau de dificuldade aumentava a cada zigue-zague. A chuva do dia anterior transformou a neve do topo em gelo, dificultando que os grampos furassem o chão duro.







Quando estávamos muito próximo do ataque final ao topo, o guia decidiu passar um rádio para um grupo que estava acima de nós, o qual relatou que as condições estavam péssimas, pois estava tudo congelado. O guia decidiu cancelar a subida, visando evitar acidentes. Qualquer erro naquelas condições representaria uma queda, longo deslizamento, com boas chances de quebra de membros e possível congelamento do rosto em contato com o gelo.

                                                           Faltou pouco


Ele nos explicou que a maior dificuldade não seria subir, mas sim descer. Todos concordaram em descer, sem dividir o grupo. Rapidamente os demais grupos também desistiram, iniciando-se a marcha da descida. Realmente, a descida não foi fácil naquele ponto, imagine-se mais acima. Descemos em zigue-zagues mais abertos e em menor velocidade até o ponto de menor altitude, onde a neve estava fofa e pudemos iniciar a descida de “esqui-bunda”. Foi muito, mas muito divertido! Eu e a Kakau descemos de trenzinho a toda velocidade a gargalhadas, com direito a algumas capotagens homéricas.

Finalmente, chegamos à estação de esqui cobertos de neve e extasiados por aquela fabulosa experiência. A Kakau é sem dúvida muito corajosa e grande parceira. Valeu Villarrica, voltaremos para ver seu cume em outra oportunidade!

Eu (Karina) vou ter que falar um pouquinho do que foi essa experiência maravilhosa de subir o Vulcão Villarrica. A princípio fiquei um pouco receosa, pois sabia que não seria fácil, afinal seriam 6 a 7 horas de caminhada subindo na neve. Porém, juntamente com o apoio do guia Claudio e do meu amado Pablito, resolvi desafiar a mim mesma e seguir essa trilha. Foi  realmente espetacular, a vista fenomenal.  Subimos lentamente, um passo após o outro... muita coisa passou pela minha cabeça durante essa caminhada. Agradeci muito a Deus pela oportunidade de estar ali vivendo tudo aquilo, cantei, rezei, pensei na minha família, nos meus amigos... Quando estávamos lá em cima, literalmente sobre as nuvens, me emocionei muito com a paisagem, chorei e lembrei do amigo Marco, que partiu faz pouco tempo. O Pablito me contou no outro dia que também pensou nele naquele momento, talvez ele realmente estivesse ali, nos dando apoio e força. Em certos momentos tive medo, tive dor nas costas, cansaço, mas sabia que tinha que manter a calma e continuar caminhando, devagar... sabia que tudo iria dar certo. Quando o guia nos comunicou que devíamos descer, me senti ao mesmo tempo aliviada e também muito feliz, pois meu joelho não tinha doído nada durante as 5h30 de subida. O controle mental foi muito importante em toda trilha, senão creio que não teria conseguido. Foi um dia pra ficar na memória, muito obrigada Deus pela oportunidade, aos anjos da guarda pela proteção e por você meu amado Pablo por me dar força e por estar ao meu lado...  

Nós... parceiros sempre...

Na volta, a vista fantástica do Vulcão

domingo, 2 de outubro de 2011

Bariloche

Após a experiência maravilhosa que tivemos na Península de Valdez, seguimos viagem rumo à Bariloche. Foram 10 horas de viagem de ônibus durante a noite, bem tranquila e pra variar dormimos a noite toda.


Eu (Karina), estive em Bariloche há 3 anos no meu primeiro mochilão que foi uma experiência fantástica. Viajar sozinha, me virar, fazer amizade, foi um desafio pra mim. Voltar pra Bariloche em compania do meu amado Pablito foi melhor ainda, pude voltar aos mesmos lugares com ele, contar minha aventura anterior, foi ótimo.


Ao chegarmos no hostel onde iríamos nos hospedar, reencontramos Mehmet e Ann, com quem havíamos compartilhado quarto em Puerto Madryn. Foi super legal estar com eles novamente, nos divertimos muito juntos. Eles estão viajando há 6 meses pela América do Sul, trabalham juntos em um banco na Alemanha e resolveram se aventurar por aqui. O fato de estar convivendo com pessoas com cultura diferente a nossa é muito válido, pude treinar meu inglês, me atrapalhar, misturado inglês, espanhhol e português na mesma frase, mas foi interessante conhecê-los e tê-los ao nosso lado durante esses dias.


Passeamos a tarde pela cidade em um tour chamado Circuito Chico, com paradas em vários pontos de onde têm vistas panorâmicas dos bosques e montanhas ao redor da cidade. A paisagem está um pouco afetada devido às cinzas do vulcão chileno Puyehue. As montanhas ao redor da cidade estão cobertas por uma névoa, parecendo neblina, porém são as cinzas do vulcão. O turismo em Bariloche e na cidade vizinha Vila La Angostura foram muito afetados este ano, vôos não chegam nem saem da cidade, então o acesso acaba sendo somente por ônibus e carro. Mas apesar das cinzas, a paisagem continua encantadora, as montanhas verdes e os lagos deixam a cidade especial.






 A vista do Cerro Campanário. Ao fundo a névoa das cinzas do vulcão



            Nossos novos amigos Mehmet (Turquia)  e Ann (Alemanha)




                                                             

Em Bariloche tivemos a oportunidade de conhecer pessoas muito legais, tais como o alpinista Igor, carioca que veio de Mendoza onde escalou uma cachoeira congelada, além de ter no curriculo escaladas no Pão de Açucar, Aconcágua e diversas outras montanhas. Além de Igor conhecemos uma turminha de brasileiros muito divertida: as irmãs Camila e Bel, Renan e Adriano. No jantar oferecido pelo hostel (o que é muito raro) combinamos de irmos esquiar juntos no dia seguinte.


Snowbording no Cerro Catedral


Eu, Pablito e a turma de brasileiros fomos então no Cerro Catedral nos aventurar em mais um dia de snowbording. O Cerro Catedral tem 1030m de altura e é o centro de esqui mais completo do país. Não preciso dizer que as quedas foram hilárias, porém com o Pablito de instrutor melhorei um pouco minha técnica. O dia estava lindo, o clima agradável, segundo o Pablito o dia estava perfeito para esquiar! Não precisamos nem de cachecol, nem gorro e víamos algumas pessoas até esquiando de camiseta regata. Ele me acompanhou o quase o dia todo nas pistas fáceis e depois que eu não tinha mais forças pra levantar do chão, encontrei com os brasileiros e o Pablo seguiu para outras pistas mais difíceis. Depois de um tempo nos encontrou com cara de cansado, fome e sede, mas satisfeito por ter conseguido esquiar nas pistas mais difíceis.







                      

   Vovô esquiando com seu netinho.

Nossos novos amigos brasileiros: Adriano, Renan, Bel e Camila




Trekking no Cerro Lopez

No dia seguinte juntamos a turma toda e seguimos para um passeio pelo Cerro Lopez, uma montanha nevada muito bonita, com uma vista sensacional. Fomos em 11 pessoas dentro de uma Land Rover, com um motorista muito louco, que guiava “com emoção” na trilha que chegava a um refúgio no alto da montanha. Chegando ao refúgio, paramos por um momento para admirar a vista e depois seguimos para uma caminhada na montanha. Como estava repleta de neve, tivemos que usar as “raquetes” nos calçados, para que os pés não afundassem na neve fofa. Caminhamos um pouco e depois entramos no bosque, onde não havia trilha marcada, o guia e o Igor foram na frente e nós seguindo atrás.


Eu como sou pouco atrapalhada, caí varias vezes atolada na neve ou escorregando de bunda por onde já havíamos subido. As gargalhadas da galera com os tombos e a farra que fizemos com os brasileiros foi o que mais nos divertiu esse dia. Após a caminhada, retornamos ao refúgio, onde uma rodada de pizza nos esperava. A casinha do refúgio era linda, toda feita com toras de madeira e envolta por janelas de vidro, para que quem estivesse lá dentro pudesse admirar a vista. Foi perfeito após a caminhada poder comer uma pizza com uma vista sensacional.


A volta na Land Rover foi mais emocionante ainda, com louco do motorista fazendo curvas perigosas, passando por entre as árvores e acelerando na estrada de terra. A galera quase botando a pizza pra fora, foi muito engraçado.

   



 A galera na Land Hover: ainda faltam 3

               


                                                 A casa do refúgio do Cerro Lopez











                                               
Eu e nosso amigo Igor

                                      








Eu me preparando para o próximo tombo!
Foram vários.... rsss