“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” Amyr Klink

domingo, 2 de outubro de 2011

Bariloche

Após a experiência maravilhosa que tivemos na Península de Valdez, seguimos viagem rumo à Bariloche. Foram 10 horas de viagem de ônibus durante a noite, bem tranquila e pra variar dormimos a noite toda.


Eu (Karina), estive em Bariloche há 3 anos no meu primeiro mochilão que foi uma experiência fantástica. Viajar sozinha, me virar, fazer amizade, foi um desafio pra mim. Voltar pra Bariloche em compania do meu amado Pablito foi melhor ainda, pude voltar aos mesmos lugares com ele, contar minha aventura anterior, foi ótimo.


Ao chegarmos no hostel onde iríamos nos hospedar, reencontramos Mehmet e Ann, com quem havíamos compartilhado quarto em Puerto Madryn. Foi super legal estar com eles novamente, nos divertimos muito juntos. Eles estão viajando há 6 meses pela América do Sul, trabalham juntos em um banco na Alemanha e resolveram se aventurar por aqui. O fato de estar convivendo com pessoas com cultura diferente a nossa é muito válido, pude treinar meu inglês, me atrapalhar, misturado inglês, espanhhol e português na mesma frase, mas foi interessante conhecê-los e tê-los ao nosso lado durante esses dias.


Passeamos a tarde pela cidade em um tour chamado Circuito Chico, com paradas em vários pontos de onde têm vistas panorâmicas dos bosques e montanhas ao redor da cidade. A paisagem está um pouco afetada devido às cinzas do vulcão chileno Puyehue. As montanhas ao redor da cidade estão cobertas por uma névoa, parecendo neblina, porém são as cinzas do vulcão. O turismo em Bariloche e na cidade vizinha Vila La Angostura foram muito afetados este ano, vôos não chegam nem saem da cidade, então o acesso acaba sendo somente por ônibus e carro. Mas apesar das cinzas, a paisagem continua encantadora, as montanhas verdes e os lagos deixam a cidade especial.






 A vista do Cerro Campanário. Ao fundo a névoa das cinzas do vulcão



            Nossos novos amigos Mehmet (Turquia)  e Ann (Alemanha)




                                                             

Em Bariloche tivemos a oportunidade de conhecer pessoas muito legais, tais como o alpinista Igor, carioca que veio de Mendoza onde escalou uma cachoeira congelada, além de ter no curriculo escaladas no Pão de Açucar, Aconcágua e diversas outras montanhas. Além de Igor conhecemos uma turminha de brasileiros muito divertida: as irmãs Camila e Bel, Renan e Adriano. No jantar oferecido pelo hostel (o que é muito raro) combinamos de irmos esquiar juntos no dia seguinte.


Snowbording no Cerro Catedral


Eu, Pablito e a turma de brasileiros fomos então no Cerro Catedral nos aventurar em mais um dia de snowbording. O Cerro Catedral tem 1030m de altura e é o centro de esqui mais completo do país. Não preciso dizer que as quedas foram hilárias, porém com o Pablito de instrutor melhorei um pouco minha técnica. O dia estava lindo, o clima agradável, segundo o Pablito o dia estava perfeito para esquiar! Não precisamos nem de cachecol, nem gorro e víamos algumas pessoas até esquiando de camiseta regata. Ele me acompanhou o quase o dia todo nas pistas fáceis e depois que eu não tinha mais forças pra levantar do chão, encontrei com os brasileiros e o Pablo seguiu para outras pistas mais difíceis. Depois de um tempo nos encontrou com cara de cansado, fome e sede, mas satisfeito por ter conseguido esquiar nas pistas mais difíceis.







                      

   Vovô esquiando com seu netinho.

Nossos novos amigos brasileiros: Adriano, Renan, Bel e Camila




Trekking no Cerro Lopez

No dia seguinte juntamos a turma toda e seguimos para um passeio pelo Cerro Lopez, uma montanha nevada muito bonita, com uma vista sensacional. Fomos em 11 pessoas dentro de uma Land Rover, com um motorista muito louco, que guiava “com emoção” na trilha que chegava a um refúgio no alto da montanha. Chegando ao refúgio, paramos por um momento para admirar a vista e depois seguimos para uma caminhada na montanha. Como estava repleta de neve, tivemos que usar as “raquetes” nos calçados, para que os pés não afundassem na neve fofa. Caminhamos um pouco e depois entramos no bosque, onde não havia trilha marcada, o guia e o Igor foram na frente e nós seguindo atrás.


Eu como sou pouco atrapalhada, caí varias vezes atolada na neve ou escorregando de bunda por onde já havíamos subido. As gargalhadas da galera com os tombos e a farra que fizemos com os brasileiros foi o que mais nos divertiu esse dia. Após a caminhada, retornamos ao refúgio, onde uma rodada de pizza nos esperava. A casinha do refúgio era linda, toda feita com toras de madeira e envolta por janelas de vidro, para que quem estivesse lá dentro pudesse admirar a vista. Foi perfeito após a caminhada poder comer uma pizza com uma vista sensacional.


A volta na Land Rover foi mais emocionante ainda, com louco do motorista fazendo curvas perigosas, passando por entre as árvores e acelerando na estrada de terra. A galera quase botando a pizza pra fora, foi muito engraçado.

   



 A galera na Land Hover: ainda faltam 3

               


                                                 A casa do refúgio do Cerro Lopez











                                               
Eu e nosso amigo Igor

                                      








Eu me preparando para o próximo tombo!
Foram vários.... rsss